quarta-feira, 11 de abril de 2012

Terrorismo belarusso

Faz um ano que aconteceu o primeiro atentado terrorista em Belarús. Hoje, 11 de Abril, no lugar da tragédia abriram um monumento em homenagem às vítimas. O autor do monumento, "Rio de memória", é o escultor Kanstantsin Selikhanau.

http://euroradio.fm/ru/report/zavtra-budet-otkryt-pamyatnik-zhertvam-terakta-foto-skulptury-104647
O atentado ocorreu na estação de metrô "Kastrychnitskaya", no centro de Minsk. Morreram 15 pessoas: 12 foram mortos imediatamente, três morreram de feridas. Depois da explosão, 387 pessoas receberam ferimentos de gravidade variada. Muitos deles viraram deficientes, alguns até agora continuam sob tratamento médico.

Menos de uma hora depois da explosão, o presidente (de jure, mas ditador, de facto) de Belarús Aleksandr Lukashenko desceu no metrô junto com o filho dele de 7 anos. O ditador falou que deve-se achar e punir os terroristas o mais rápido possível.


http://news.tut.by/society/283708.html
Em 27 horas a polícia pegou dois homens - Dmitryj Kanavalau e Uladzislau Kavaliou - que foram julgados. O juiz decretou pena de morte. Mataram os dois no dia 15 de Março de 2012. 
http://news.tut.by/society/283708.html
Apesar do processo judicial, observadores e peritos têm dúvidas se julgaram as pessoas certas. O processo de julgamento foi muito rápido, e mataram os acusados, apesar da mãe de um deles mandar a petição de clemência para o presidente e as queixas para o Tribunal de Justiça de Belarús e para a Comissão de Direitos Humanos da ONU.

http://news.tut.by/society/283708.html

Muitos consideram que Uladzislau Kavaliou foi a última vitima da tragédia, pois enquanto o juíz decidiu que foi Kanavalau quem organizou a explosão, Kavaliou simplesmente não informou nada sobre a organização do atentado. Na justiça, Kavaliou negou quase tudo o que falou antes para a polícia, dizendo que foi ameaçado. Kanavalau, por sua vez, ficou calado durante o julgamento. 

Segundo a lei de Belarús, o corpo do executado não pode ser devolvido para parentes e também não informam sobre o lugar de enterramento do corpo.


 

Ativistas cívicos que são contra pena de morte e que tem dúvidas que os terroristas verdadeiros foram executados, fizeram o site (em russo) http://kazni.net onde juntaram todos os materiais sobre o processo judicial e pedem a todos para não ficarem calados, quando tais coisas acontecem.

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